Da dor a poesia...

Adeus meu príncipe!

Fazes no teu sorriso largo, tua alma pequena
Tornas teu jeito menino, leve, faceiro
Veneno amargo, fatal e traiçoeiro
Que mata e fere por dentro, sem pena

Promessa de um céu que não cheguei conhecer
Teus beijos antes ternos, quentes, sabor de mel
Transformaram-se agora, presença de um amargo fel
Que me empenho em apagar dia-a-dia, sem esmorecer

Tento entender em vão, atônita o porquê de tanta frieza
Pergunto-me, como posso ter me enganado?
Achar-te um príncipe, tão bem quisto, tão amado
Onde escondeu tua beleza?

Se me queixei de ti, não foi por maldade
Queria toda atenção pra mim, nem mais, nem menos, queria te com vontade
Não podia fazer por menos, nem pela metade
Vim de longe buscar minha felicidade

Tenho os olhos rasos e um coração desconsolado
Tenho um gosto de espanto na boca
Uma surpresa feia, amarga, tosca,
Lembrança que teima em permanecer ao meu lado

Pra meu espanto, meu peito não abriga sentimento hostil
Desilusão... de certo! Pois, hora o que era mágico e belo, contado em prosa e verso
Tornou-se frio, ardiloso, incrédulo, baixo e perverso
Deixando nele, um mero ardor de ferida sutil

E assim eu me despeço!
Rogando pra que tudo, que de ti que entendi, não seja assim...tão controverso.
E haja nesse moço algo de bom pra se gostar, pra se amar, admirar mesmo que imerso
Para que todo esse mal causado a mim, seja apenas um tropeço!

E como Pessoa eu agradeço,
“Pedras no caminho? Guardo todas... Um dia vou construir um castelo”
Levo da vida só o que for belo
E das pessoas que merecem, todo o meu apreço

PS.: Escolha sempre o caminho da felicidade... mas nunca pise em ninguém pra alcançá-lo!